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Silos de Dados: o alto preço da obsessão por novidades tecnológicas
Entenda como os CDPs prometem solucionar o problema dos silos de dados
Nesta edição:
Entenda como os CDPs podem ser a solução para os problemas gerados pelos silos de dados (e descubra se você também é vítima da síndrome do objeto brilhante)
Adobe lança ferramenta para proteger o trabalho dos artistas contra a IA e outras notícias da semana
A maioria das empresas já escolheu como centralizar os dados dos clientes
O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
Como os CDPs podem ser a solução para os Silos de Dados
Cuidado com a Síndrome do Objeto Brilhante 💎
Preciso fazer uma confissão. Quando se trata de ferramentas martech, eu sou vítima da Síndrome do Objeto Brilhante. Pessoas com essa “síndrome” dão atenção excessiva a novas ideias e tendências, abandonando-as rapidamente quando uma nova moda surge.
Na área de martech, as possibilidades que novas ferramentas trazem para os times de marketing são incríveis. E é quase inevitável que a gente busque acumular o máximo possível desses novos “objetos brilhantes”. 💎
E é justamente o que muitas empresas fazem. Mas esse hábito cria um grande problema com o tempo: os silos de dados.
O conceito de silos surgiu em 1988 quando Phil Ensor, um gerente da Goodyear, cunhou o termo “Síndrome do Silo Funcional”. Ele se inspirou nos altos silos de grãos de sua terra natal, no interior de Illinois, que pareciam isolados uns dos outros, assim como os departamentos das empresas.
No mesmo ano, o conceito de Armazéns de Dados (Data Warehouses) foi publicado pela primeira vez num artigo da IBM Systems Journal. E foi assim que as analogias rurais entraram de vez na linguagem da área de TI das empresas. 🧑🌾
A existência desses silos causa muitas ineficiências. Quando a ferramenta se torna essencial, ela muitas vezes cria um departamento especializado em seu uso, ampliando o efeito do silo organizacional. Isso aumenta os custos e prejudica a inovação. Ou seja, a promessa de novas possibilidades dos objetos brilhantes acaba não se concretizando.
Grande parte do mercado parece ter aceitado a realidade e segue o jogo. "A vida é assim". E, para os fornecedores, a solução é simples: "Concentre todos os seus dados no meu silo!" Essa é uma excelente solução. Para eles, é claro.
Entram em cena: os CDPs
Nos últimos anos, surgiu uma nova categoria de produtos para solucionar o problema dos silos, especialmente para os times de marketing e experiência do cliente: os CDPs (Customer Data Platforms). Mas seriam apenas mais um objeto brilhante?
Um benefício significativo dos CDPs é centralizar a coleta de dados e unificar os dados de clientes de diferentes origens, criando uma única fonte de verdade para as informações dos clientes. Os CDPs permitem que os profissionais de marketing criem e gerenciem audiências e ativem essas segmentações em múltiplas interfaces com o cliente final, sem a necessidade de codificação ou técnicas avançadas de consulta.
A evolução dos CDPs
A tendência mais recente são os Composable CDPs, que permitem às empresas aproveitar os dados já existentes em seus data warehouses em nuvem (AWS, Google BigQuery, Azure etc). Isso evita a existência do mesmo dado em múltiplas ferramentas, um recurso chamado de zero copy.
Com 252 fornecedores de CDP listados no G2 e funcionalidades lançadas com frequência, tanto por ferramentas de engajamento com o cliente como pelas plataformas de armazenagem de dados em nuvem, é certo que os CDPs não são apenas mais um objeto brilhante. Eles chegaram para ficar.
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MARTECH EM NÚMEROS
A derrubada dos silos dos dados do cliente é uma preocupação real da grande maioria das empresas: 71% dos profissionais de martech e marketing dizem que um data warehouse ou data lake já faz parte de suas plataformas de marketing. Além disso, 61% dos participantes da pesquisa realizada pelo chiefmartec já integrou a maioria de suas plataformas nessa camada de dados centralizada.
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